grupos farmacológicos:
fórmula molecular:
princípio ativo:
Quais são os Nomes Comerciais da Dopamina?
Dopacris, Dopabane.
Qual é o Mecanismo de Ação da Dopamina?
Atua diretamente nos receptores beta-1 do coração, aumentando a força de contração do músculo cardíaco (efeito inotrópico positivo). Estimula também receptores alfa 1 e 2, aumentando a vasoconstrição no músculo liso (pelo efeito indireto de liberação de norepinefrina).
Para que Dopamina é Indicada?
É indicada em caso de hipotensão e choque (cardiogênico, séptico, anafilático, hipovolêmico).
Qual é a Posologia da Dopamina?
Adultos:
1-5 µgkgmin, IV, até 50 µgkgmin.
Se doses acima de 20-30 µg kgmin forem necessárias, outra droga com ação vasopressora direta pode ser mais benéfica (p. ex., adrenalina, noradrenalina).
Os efeitos hemodinâmicos da dopamina são doses dependentes:
Com baixa dose (1-5 µg kgmin), há o aumento do fluxo sanguíneo renal e do débito urinário;
Com dose intermediária (5-15 µg kgmin), há o aumento de fluxo sanguíneo, FC, inotropismo cardíaco e débito;
Com dose alta (> 15 µg kgmin), começam a predominar efeitos alfaadrenérgicos, vasoconstrição e aumento da PA.
Quais são os Efeitos Colaterais da Dopamina?
Palpitação, dor anginosa, distúrbios da condução cardíaca, bradicardia, hipotensão, vasoconstrição, hipertensão, arritmias cardíacas, contração ventricular prematura, necrose no local da aplicação, dispneia, hipoxemia, náusea, vômitos, desconforto epigástrico, diabetes insípidus, diminuição dos níveis séricos de prolactina, cefaleia, ansiedade, delírios e alucinações.
Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Dopamina?
• No caso de utilização em pacientes queimados, deve-se ter cautela pois o metabolismo da dopamina pode ser alterado. (necessária a alteração da dose)
• Atentar-se a paciente hipertensos pois a utilização de dopamina, mesmo em doses baixas, pode apresentar respostas intensas.
• É necessário a monitorização cuidadosa da pressão arterial, diurese e se possível do débito cardíaco e pressão capilar pulmonar durante a infusão de dopamina.
• Antes da administração deve-se corrigir a hipovolemia se o paciente apresentar esse quadro.
• Pacientes com taquiarritmia ou fibrilação ventricular não devem receber tratamento com dopamina.
• Na preparação da dopamina não se deve associar à soluções alcalinas, como o bicarbonato de sódio, pois a substância será inativada.
• Se for observado um aumento desproporcional na pressão arterial diastólica e uma diminuição acentuada na pressão de pulso em pacientes que receberam dopamina, a taxa de infusão deve ser diminuída e o paciente observado cuidadosamente
• Em taxas de infusão baixas, se ocorrer hipotensão, a taxa de infusão pode ser aumentada rapidamente a critério, até que a pressão arterial adequada seja obtida. Se a hipotensão persistir, avaliar a situação e considerar a possibilidade de um vasoconstritor mais potente como a noradrenalina.
• Condições como hipovolemia, hipóxia, hipercapnia e acidose devem ser corrigidas antes da administração do medicamento, pois podem reduzir a eficácia e/ou aumentar a incidência de efeitos colaterais da dopamina.
• No caso da ocorrência de extravasamento no local da aplicação (normalmente a área afetada aparenta palidez, dureza e baixa temperatura), é recomendado o uso de 10 a 15 mL de solução salina contendo de 5 a 10 mg de fentolamina (agente bloqueador adrenérgico) o mais rápido possível.
Referências
BRASIL. ANVISA. . Bulário Eletrônico. 2016. Disponível em: https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/. Acesso em: 02 mai. 2022.
BARROS, Elvino. Medicamentos de A a Z: 2016-2018. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
CAETANO, Norival. BPR – Guia de Remédios 2016/17. 13. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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