A vacina DTPa contém antígenos para difteria, tétano e coqueluche acelular. Geralmente, a vacina é produzida sem adjuvantes.
A vacina DTPa geralmente é apresentada em frascos multidose contendo 10 doses. A vacina é armazenada na forma líquida e é administrada por via intramuscular.
A vacina DTPa é indicada para a prevenção da difteria, tétano e coqueluche acelular em crianças e adultos. As contraindicações para a vacina incluem histórico de reação alérgica grave a uma dose anterior da vacina ou a qualquer um de seus componentes.
- A vacina DTPa é contraindicada em pessoas que apresentaram uma reação anafilática após uma dose anterior da vacina ou a um dos seus componentes;
- Também é contraindicada em pessoas que tiveram uma encefalopatia de causa desconhecida ocorrida nos 7 dias seguintes à administração anterior da vacina contra difteria e tétano.
É importante ressaltar que pessoas com febre aguda ou doença moderada ou grave devem adiar a vacinação até a recuperação completa, a menos que a vacinação seja considerada essencial. Além disso, a vacina DTPa não é recomendada para mulheres grávidas, a menos que haja um alto risco de difteria, tétano ou coqueluche, e o benefício potencial para a mulher supere o risco potencial para o feto.
Para Crianças:
– As crianças recebem a vacina DTPa como parte do calendário de vacinação infantil.
– A primeira dose deve ser administrada aos 2 meses de idade, seguida por doses aos 4 e 6 meses.
– Um reforço é recomendado entre 15 e 18 meses de idade e outro entre 4 e 6 anos de idade.
– Em casos de vacinação tardia, o esquema de vacinação pode ser ajustado, dependendo da idade da criança e do histórico de vacinação anterior.
Para Adolescentes:
– Adolescentes que não foram completamente imunizados contra difteria, tétano e coqueluche devem receber a vacina DTPa.
– Uma dose de reforço é recomendada aos 11-12 anos de idade.
Para Adultos:
– Adultos que nunca foram vacinados ou que não receberam uma dose de reforço nos últimos 10 anos devem receber uma dose única de reforço da vacina DTPa.
– A vacinação também é recomendada para pessoas em risco aumentado de exposição ou transmissão da difteria, tétano e coqueluche acelular, como trabalhadores de saúde e pais de recém-nascidos.
- A vacina DTPa deve ser armazenada a temperaturas entre 2°C e 8°C. A vacina deve ser mantida em sua embalagem original até o momento da administração e não deve ser congelada. O armazenamento e manuseio adequados são essenciais para manter a eficácia da vacina.
- As vacinas devem ser protegidas da luz e não devem ser expostas a temperaturas extremas.
- Antes da administração, a vacina deve ser inspecionada visualmente quanto a partículas estranhas ou descoloração. A vacina não deve ser utilizada se a aparência for anormal ou se houver dúvidas quanto à sua integridade.
- O prazo de validade da vacina deve ser verificado antes de sua utilização. A vacina DTPa deve ser descartada se a data de validade tiver expirado.
- O esquema de vacinação para a vacina DTPa varia de acordo com a idade e a situação do paciente.
- Para crianças, a vacina DTPa é administrada como parte do calendário de vacinação infantil, começando aos 2 meses de idade e continuando até a idade escolar. O esquema de vacinação para crianças inclui:
- Uma dose aos 2, 4 e 6 meses de idade.
- Um reforço entre 15 e 18 meses de idade.
- Um segundo reforço entre 4 e 6 anos de idade.
- Adolescentes que não foram completamente imunizados contra difteria, tétano e coqueluche devem receber uma dose de reforço da vacina DTPa aos 11-12 anos de idade.
- Adultos que nunca foram vacinados ou que não receberam uma dose de reforço nos últimos 10 anos devem receber uma dose única de reforço da vacina DTPa.
Efeitos colaterais comuns:
- Dor, vermelhidão e inchaço no local da injeção;
- Febre baixa;
- Irritabilidade;
- Sonolência;
- Perda de apetite.
Efeitos colaterais graves (raros):
- Reações alérgicas graves, como anafilaxia;
- Convulsões (mais comuns em crianças que receberam a vacina contra coqueluche);
- Síndrome de Guillain-Barré (uma condição rara do sistema nervoso que pode causar fraqueza muscular e paralisia).
É importante lembrar que esses efeitos colaterais graves são muito raros e que os benefícios da vacinação geralmente superam os riscos.
- Verificar a identidade do paciente antes da administração da vacina para evitar erros de medicação;
- Certificar-se de que o paciente não tenha alergia conhecida a nenhum dos componentes da vacina DTPa;
- Explicar o procedimento de vacinação ao paciente e fornecer informações sobre possíveis efeitos colaterais e cuidados pós-vacinação;
- Assegurar que a vacina seja armazenada adequadamente e verificar a data de validade antes da administração;
- Preparar a vacina de acordo com as instruções do fabricante, utilizando técnicas assépticas e equipamento estéril;
- Verificar a integridade do frasco e da agulha antes da administração da vacina;
- Limpar a área de injeção com um antisséptico adequado antes da administração da vacina;
- Selecionar a via de administração correta com base na idade e condição do paciente, seguindo as diretrizes do fabricante e dos órgãos regulatórios;
- Monitorar cuidadosamente o paciente após a administração da vacina para detectar sinais de reações adversas, como anafilaxia ou convulsões;
- Registrar a administração da vacina no prontuário do paciente e fornecer orientações de acompanhamento e cuidados pós-vacinação.
Não há relatos de interferência da vacina DTPa com os resultados de exames laboratoriais comuns, como hemograma completo, testes bioquímicos e urinálise. No entanto, é possível que a vacinação cause um aumento temporário nos níveis de anticorpos contra difteria, tétano e coqueluche no sangue, o que pode interferir em testes específicos que medem esses anticorpos, como o teste de Schick para difteria e o teste de antitoxina para tétano.
Por esse motivo, é importante informar o profissional de saúde responsável pelo exame sobre a vacinação recente para que os resultados sejam interpretados corretamente. É importante lembrar que essa interferência é temporária e não prejudica a eficácia dos exames em longo prazo.
A vacina DTPa pode ser administrada em combinação com outras vacinas, como a vacina contra hepatite B, a vacina contra Haemophilus influenzae tipo b (Hib) e a vacina contra poliomielite por vírus inativado (VIP). A combinação dessas vacinas pode reduzir o número de injeções necessárias para completar o esquema de vacinação recomendado, facilitando a adesão do paciente ao calendário vacinal.
É importante seguir as diretrizes do fabricante e dos órgãos regulatórios quanto à administração dessas vacinas combinadas, e observar quaisquer possíveis interações ou efeitos colaterais. É importante também avaliar cuidadosamente cada paciente antes da administração da vacina combinada para garantir a segurança e eficácia da vacinação.
É importante ressaltar que todas as vacinas, incluindo a vacina DTPa, podem causar eventos adversos. Alguns desses eventos podem ser esperados e são considerados comuns, enquanto outros são raros e graves.
Entre os eventos adversos comuns da vacina DTPa estão dor, vermelhidão, inchaço no local da injeção, febre, irritabilidade, sonolência e perda de apetite. Esses eventos geralmente são leves e desaparecem em poucos dias sem complicações.
Eventos adversos graves são raros, mas podem incluir convulsões, reações alérgicas graves, encefalopatia e choque anafilático. É importante observar quaisquer sinais ou sintomas de eventos adversos após a administração da vacina e procurar assistência médica imediatamente se houver preocupação ou suspeita de reação adversa grave.
Profissionais de saúde devem estar familiarizados com os eventos adversos comuns e graves associados à vacina DTPa e monitorar cuidadosamente os pacientes após a vacinação para detectar quaisquer sinais de reações adversas. Caso ocorram eventos adversos graves, é importante notificar as autoridades de saúde locais para ajudar a monitorar e avaliar a segurança da vacina.
É importante lembrar que a vacina DTPa é uma vacina amplamente estudada e comprovadamente segura e eficaz na prevenção da difteria, tétano e coqueluche.
Há uma ampla literatura científica disponível sobre a eficácia e segurança da vacina DTPa. Por exemplo, em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou uma atualização de sua posição sobre vacinas contra a coqueluche, incluindo a vacina DTPa. A posição da OMS é de que a vacina DTPa é segura e eficaz na prevenção da coqueluche em crianças e adultos, com proteção persistindo por pelo menos 4 a 6 anos após a última dose da vacina.
Além disso, estudos mais recentes continuam a demonstrar a eficácia e segurança da vacina DTPa. Um estudo publicado em 2021 na revista Vaccine, por exemplo, relatou que a vacina DTPa é segura e eficaz na prevenção da coqueluche em crianças menores de 2 anos, com uma taxa de eficácia de 94,8% observada após a terceira dose da vacina.
Profissionais de saúde devem sempre buscar as informações mais atualizadas sobre a eficácia e segurança das vacinas, incluindo a vacina DTPa, por meio de fontes confiáveis, como agências regulatórias de saúde, guias de prática clínica e literatura científica revisada por pares.
Referências:
- Ministério da Saúde do Brasil. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. 5ª edição. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_procedimentos_vacinacao_5ed.pdf. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Centers for Disease Control and Prevention (CDC). General Recommendations on Immunization: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2022;71(No. RR-2):1–72. Disponível em: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/71/rr/rr7102a1.htm. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Sociedade Brasileira de Pediatria. Calendário de vacinação da SBP – 2021/2022. Disponível em: http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Calendario_Vacinacao_2021_2022.pdf. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- de Greeff SC, Mooi FR, Westerhof A, et al. Pertussis disease burden in the household: how to protect young infants. Clin Infect Dis. 2018;67(6):1061-1067. Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/6/1061/5071134. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Stojanov S, Berbers GAM, Mooi FR, de Greeff SC. Pertussis: a brief overview of the disease and current trends. Paediatr Respir Rev. 2018;28:3-6. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1526054217300791. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Masetti M, Cicconi P, Gesualdo F, et al. Diphtheria-tetanus-pertussis (DTP) vaccine: a review of safety and efficacy. Expert Opin Drug Saf. 2021;20(10):1093-1103. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/14740338.2021.1981184. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Pinho AM, Pereira AC, Feijão AR, et al. A multicenter study of the safety and immunogenicity of a new formulation of a combined diphtheria-tetanus-pertussis vaccine in Brazilian infants. Vaccine. 2019;37(19):2567-2574. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0264410X19302222. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.
- Sociedade Brasileira de Pediatria. Calendário de vacinação da SBP – 2021/2022. Disponível em: http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Calendario_Vacinacao_2021_2022.pdf. Acesso em: 22 de fevereiro de 2023.