grupos farmacológicos:

fórmula molecular:

C14H20N2O2

princípio ativo:

Pindolol

Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações do Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

  • Visken: comprimidos de 5 mg e 10 mg.

Qual é a Farmacocinética do Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

A farmacocinética do pindolol é bem descrita na literatura. Após a administração oral, ele é rapidamente absorvido pelo trato gastrointestinal, com uma biodisponibilidade de cerca de 50%. A concentração plasmática máxima é atingida dentro de 1 a 2 horas após a administração oral. Ele é amplamente distribuído no corpo, incluindo o sistema nervoso central, onde pode atuar como antagonista dos receptores adrenérgicos beta. O pindolol sofre metabolismo hepático extenso, com uma meia-vida de eliminação de cerca de 3-4 horas. Aproximadamente 30-40% da dose é excretada na urina como metabólitos inativos.

Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) do Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

O pindolol é um antagonista dos receptores beta-adrenérgicos, que bloqueia a estimulação dos receptores beta-adrenérgicos mediados pela noradrenalina e adrenalina, resultando na diminuição da frequência cardíaca, diminuição do débito cardíaco e diminuição da pressão arterial. Além disso, o pindolol também tem efeito estabilizador de membrana.

Para que Pindolol / Visken (foco em obstetrícia) é Indicado?

Pindolol é indicado para o tratamento de hipertensão arterial, angina pectoris, arritmias cardíacas, cardiomiopatia hipertrófica e enxaqueca. Na obstetrícia, pindolol é utilizado para o controle da hipertensão arterial relacionada à pré-eclâmpsia e eclâmpsia.

Qual é a Posologia do Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

A posologia do pindolol varia de acordo com a indicação e a apresentação do medicamento. De forma geral, a dose usual recomendada para o tratamento da hipertensão arterial é de 5 mg a 10 mg, duas vezes ao dia, podendo ser aumentada até um máximo de 40 mg ao dia, dependendo da resposta do paciente.

Para o tratamento da angina pectoris, a dose recomendada varia de 5 mg a 40 mg, administrados em doses divididas, duas a três vezes ao dia.

No tratamento da arritmia cardíaca, a dose usual recomendada é de 5 mg a 15 mg, duas a três vezes ao dia, podendo ser ajustada de acordo com a resposta do paciente.

Quais são os Efeitos Colaterais do Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

Os efeitos colaterais mais comuns do pindolol incluem:

  • Tontura
  • Fadiga
  • Fraqueza
  • Náusea
  • Distúrbios gastrointestinais
  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Depressão
  • Insônia
  • Pesadelos
  • Alterações do humor
  • Confusão
  • Bradicardia
  • Hipotensão
  • Bloqueio atrioventricular
  • Insuficiência cardíaca
  • Palpitações

Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Pindolol / Visken (foco em obstetrícia)?

  • Monitorar a pressão arterial e frequência cardíaca regularmente para avaliar a eficácia do medicamento e detectar possíveis efeitos colaterais.
  • Orientar a paciente sobre a importância de não interromper o uso do medicamento sem orientação profissional, para evitar efeitos rebote.
  • Observar atentamente a ocorrência de hipoglicemia em pacientes com diabetes, já que o pindolol pode mascarar os sintomas.
  • Avaliar a presença de sintomas de asma, uma vez que o pindolol pode agravar a condição em alguns pacientes.
  • Orientar a paciente a relatar imediatamente qualquer sintoma de depressão ou alterações de humor, que podem ser agravadas pelo uso do medicamento.
  • Monitorar o ganho de peso da paciente, já que o pindolol pode causar retenção de líquidos em alguns casos.
  • Verificar regularmente a glicemia em pacientes diabéticas, já que o pindolol pode interferir na regulação da glicose no sangue.
  • Orientar a paciente a evitar o consumo de álcool enquanto estiver em uso do medicamento, uma vez que isso pode potencializar os efeitos colaterais.
  • Acompanhar a ocorrência de sintomas de bradicardia em pacientes com histórico de problemas cardíacos, uma vez que o pindolol pode agravar a condição em alguns casos.
  • Avaliar a presença de sintomas de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em pacientes com histórico da doença, já que o pindolol pode agravar a condição em alguns casos.
  • Orientar a paciente a evitar mudanças bruscas de posição – O pindolol pode causar tonturas e vertigens, especialmente quando a paciente muda bruscamente de posição. Orientar a paciente a realizar mudanças de posição de forma lenta e gradual pode prevenir quedas e outros acidentes.

Referências

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escrito por:

Gabriel Fellipe Félix Lima

Gabriel Fellipe Félix Lima

Graduando em Enfermagem pela PUC Goiás, Designer Gráfico, Programador e Apaixonado por Tecnologia!