grupos farmacológicos:

fórmula molecular:

C47H75NO17

princípio ativo:

Nistatina

Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Nistatina (foco em obstetrícia)?

A nistatina é comercializada com os seguintes nomes comerciais e apresentações:

  • Nistatina creme vaginal: contém 100.000 UI/g de nistatina em bisnagas com 60 g;
  • Nistatina creme dermatológico: contém 100.000 UI/g de nistatina em bisnagas com 60 g;
  • Nistatina suspensão oral: contém 100.000 UI/mL de nistatina em frascos com 60 mL ou 100 mL.

Qual é a Farmacocinética da Nistatina (foco em obstetrícia)?

A nistatina é um fármaco com baixa absorção após a administração oral, devido à sua elevada polaridade e baixa solubilidade em água. A absorção é mínima após a aplicação tópica, com a maioria do fármaco permanecendo na superfície da pele ou mucosa. A nistatina é metabolizada no fígado e excretada principalmente nas fezes e urina. Seu tempo de meia-vida é curto, cerca de 3 horas. A nistatina não atravessa a barreira hematoencefálica e não é detectável no leite materno após a aplicação tópica.

Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Nistatina (foco em obstetrícia)?

A nistatina é um fármaco com baixa absorção após a administração oral, devido à sua elevada polaridade e baixa solubilidade em água. A absorção é mínima após a aplicação tópica, com a maioria do fármaco permanecendo na superfície da pele ou mucosa. A nistatina é metabolizada no fígado e excretada principalmente nas fezes e urina. Seu tempo de meia-vida é curto, cerca de 3 horas. A nistatina não atravessa a barreira hematoencefálica e não é detectável no leite materno após a aplicação tópica.

Para que Nistatina (foco em obstetrícia) é Indicada?

A nistatina é um antifúngico de amplo espectro e pode ser utilizado em diversas situações na obstetrícia, incluindo:

  • Candidíase vaginal: a nistatina é indicada para o tratamento de infecções por Candida albicans na vagina durante a gravidez.
  • Prevenção de candidíase em recém-nascidos: a nistatina pode ser administrada a recém-nascidos para prevenir a candidíase oral, uma infecção fúngica comum em bebês.
  • Tratamento de candidíase oral em lactentes: a nistatina é eficaz no tratamento de infecções fúngicas na boca de bebês, que podem ocorrer durante o parto ou devido ao uso de antibióticos.
  • Tratamento de candidíase mamária: a nistatina pode ser utilizada no tratamento de infecções fúngicas nos seios durante a amamentação.
  • Prevenção de infecções fúngicas em mulheres com gestações de alto risco: mulheres que estão em gestações de alto risco podem ser tratadas com nistatina para prevenir infecções fúngicas, que podem levar a complicações como parto prematuro.

Qual é a Posologia da Nistatina (foco em obstetrícia)?

A posologia da nistatina para uso obstétrico pode variar de acordo com a apresentação e a gravidade da infecção fúngica. As doses comuns são:

  • Nistatina creme vaginal: aplicar 1 aplicador cheio (aproximadamente 5 g) antes de dormir, por 14 dias consecutivos;
  • Nistatina oral suspensão: 500.000 UI (5 mL) a cada 6 horas, por 7 a 14 dias consecutivos.

Quais são os Efeitos Colaterais da Nistatina (foco em obstetrícia)?

A nistatina é geralmente bem tolerada, mas pode causar alguns efeitos colaterais, como:

  • Irritação local
  • Coceira
  • Ardor
  • Vermelhidão

Em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas graves, incluindo erupção cutânea, coceira, inchaço, tontura, dificuldade para respirar, entre outros.

Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Nistatina (foco em obstetrícia)?

  1. Orientar a gestante quanto à importância de manter a higiene genital diária, utilizando água e sabão neutro, para evitar contaminações secundárias e possíveis complicações; Justificativa: A higiene íntima é fundamental para a prevenção de infecções vaginais, que podem levar a complicações durante a gestação, como parto prematuro e infecção fetal.
  2. Verificar a integridade da pele e mucosas da gestante antes da administração da nistatina, a fim de evitar a ocorrência de irritações ou lesões; Justificativa: A nistatina pode causar reações adversas na pele e mucosas, por isso, é importante avaliar a integridade dessas estruturas antes da administração do medicamento.
  3. Orientar a gestante quanto ao uso correto da nistatina, respeitando as doses e horários prescritos, para garantir a eficácia do tratamento e evitar possíveis complicações; Justificativa: O uso inadequado da nistatina pode comprometer a eficácia do tratamento, além de aumentar o risco de complicações, como resistência microbiana e superinfecção.
  4. Monitorar a gestante quanto ao aparecimento de reações adversas, como coceira, vermelhidão ou irritação vaginal, a fim de identificar possíveis alergias ou intolerâncias ao medicamento; Justificativa: A nistatina pode causar reações alérgicas em algumas gestantes, por isso, é importante monitorar a paciente quanto ao aparecimento de sinais de alergia ou intolerância.
  5. Verificar os sinais vitais da gestante antes e após a administração da nistatina, a fim de avaliar a resposta da paciente ao medicamento; Justificativa: A nistatina pode causar reações adversas que afetam os sinais vitais da gestante, como queda da pressão arterial e taquicardia, por isso, é importante monitorar esses parâmetros antes e após a administração do medicamento.
  6. Orientar a gestante quanto à importância de manter o tratamento até o fim, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término da prescrição, para garantir a eliminação completa da infecção; Justificativa: A interrupção prematura do tratamento com nistatina pode favorecer a recidiva da infecção vaginal, além de aumentar o risco de desenvolvimento de resistência microbiana.
  7. Incentivar a gestante a manter uma alimentação equilibrada e saudável, rica em nutrientes e vitaminas, para fortalecer o sistema imunológico e auxiliar no combate às infecções; Justificativa: A alimentação adequada é fundamental para manter a saúde da gestante e do feto, além de auxiliar na prevenção e tratamento de infecções.

Referências

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escrito por:

Gabriel Fellipe Félix Lima

Gabriel Fellipe Félix Lima

Mestrando em Atenção à Saúde e Enfermeiro (Summa Cum Laude) pela PUC Goiás, Designer Gráfico, Programador e Apaixonado por Tecnologia e Inovação com Aplicação em Saúde. Presidente do Congresso Brasileiro de Saúde, Inovação e Tecnologia (CBSIT). Lattes: http://lattes.cnpq.br/6538783651943192