grupos farmacológicos:

fórmula molecular:

C10H13NO4

princípio ativo:

metildopa

Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

  • Aldomet (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Apo-Methyldopa (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Domethocyna (comprimidos de 250 mg)
  • Dopametil (comprimidos de 250 mg)
  • Hemitartarato de Metildopa (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Metildopa Sandoz (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Metildopa Teuto (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Methyldopa (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • PMS-Methyldopa (comprimidos de 250 mg e 500 mg)
  • Tensolona (comprimidos de 250 mg)

Qual é a Farmacocinética da Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

Metildopa é bem absorvida após administração oral, com biodisponibilidade de cerca de 50%. A concentração plasmática máxima ocorre em cerca de 4 horas após a administração oral. A metildopa é extensivamente metabolizada no fígado, sendo excretada principalmente na urina como metabólitos inativos. A meia-vida de eliminação plasmática é de cerca de 2 horas. A metildopa é capaz de atravessar a barreira placentária e aparece no leite materno em pequenas quantidades. A ligação da metildopa às proteínas plasmáticas é de cerca de 60%.

Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

A metildopa é um pró-fármaco, ou seja, é convertida em alfa-metilnoradrenalina, que é um agonista alfa-adrenérgico central. A alfa-metilnoradrenalina reduz a atividade simpática no sistema nervoso central, levando a uma redução na resistência vascular periférica e, consequentemente, a uma diminuição na pressão arterial. O mecanismo exato pelo qual a metildopa reduz a pressão arterial não é totalmente compreendido, mas acredita-se que envolve a redução da atividade simpática central e a redução da renina plasmática.

Para que Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia) é Indicada?

A metildopa é principalmente indicada para o tratamento da hipertensão arterial na gestação, por ser um agente anti-hipertensivo seguro e efetivo durante a gravidez. Além disso, também pode ser utilizada no tratamento da hipertensão crônica em pacientes não grávidas.

Qual é a Posologia da Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

Metildopa é geralmente comercializada em comprimidos de 250mg ou 500mg, com dosagens variando de acordo com a condição clínica do paciente e a resposta individual ao tratamento. Em geral, a dose inicial recomendada é de 250mg, 2 a 3 vezes ao dia, podendo ser aumentada gradualmente até um máximo de 3g/dia. É importante ressaltar que a dosagem deve ser individualizada de acordo com as necessidades de cada paciente e orientada pelo médico responsável.

Quais são os Efeitos Colaterais da Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

A metildopa pode causar diversos efeitos colaterais, sendo os mais comuns:

  • Sonolência;
  • Tontura;
  • Cansaço;
  • Fraqueza;
  • Dor de cabeça;
  • Depressão;
  • Insônia;
  • Sonhos anormais;
  • Boca seca;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Obstipação;
  • Flatulência;
  • Ganho de peso;
  • Perda de libido;
  • Impotência sexual;
  • Ginecomastia;
  • Alterações no ciclo menstrual;
  • Retenção urinária.

Além desses, a metildopa pode causar reações alérgicas, como erupções cutâneas, coceira, urticária, inchaço das mãos, pés, face, lábios, boca ou garganta, dificuldade para respirar, entre outros. Também pode causar sintomas de depressão do sistema nervoso central, como confusão mental, alucinações e distúrbios psicóticos.

Em casos raros, pode ocorrer hepatite, anemia hemolítica, trombocitopenia, agranulocitose e pancreatite.

É importante ressaltar que a lista de efeitos colaterais não é exaustiva e pode variar de paciente para paciente

Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Metildopa / Aldomet (foco em obstetrícia)?

  1. Monitorar a pressão arterial e frequência cardíaca da gestante regularmente, pois o uso de metildopa pode causar hipotensão e bradicardia.
  2. Verificar os níveis de transaminases hepáticas periodicamente, pois a metildopa pode causar elevação desses níveis e lesão hepática.
  3. Orientar a gestante a não interromper o tratamento abruptamente, pois pode ocorrer rebote hipertensivo.
  4. Monitorar a glicemia da gestante, especialmente se ela apresentar diabetes mellitus ou alterações na tolerância à glicose, pois a metildopa pode afetar o metabolismo da glicose.
  5. Alertar a gestante sobre o risco de sedação e sonolência, e orientá-la a não dirigir ou operar máquinas pesadas enquanto estiver em tratamento com metildopa.
  6. Informar a gestante sobre o risco de depressão e outros distúrbios psiquiátricos associados ao uso de metildopa, e orientá-la a buscar ajuda médica em caso de sintomas depressivos ou alterações do humor.
  7. Verificar os níveis de hemoglobina e outras células sanguíneas regularmente, pois a metildopa pode afetar a produção de células sanguíneas na medula óssea.
  8. Orientar a gestante a evitar o consumo de álcool durante o tratamento com metildopa, pois pode aumentar os efeitos sedativos do medicamento.
  9. Monitorar o estado renal da gestante, especialmente se ela apresentar insuficiência renal, pois a metildopa pode afetar a função renal.
  10. Informar a gestante sobre os sinais de reações alérgicas, como erupções cutâneas, urticária, dificuldade para respirar e inchaço, e orientá-la a buscar ajuda médica imediatamente em caso de suspeita de alergia.

Referências

  1. FERREIRA, Juliana da Costa et al. Hipertensão na gravidez: aspectos clínicos e terapêuticos. Revista Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 29, n. 1, p. 117-123, 2019. Disponível em: http://www.dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20190014. Acesso em: 08 out. 2021.
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escrito por:

Gabriel Fellipe Félix Lima

Gabriel Fellipe Félix Lima

Graduando em Enfermagem pela PUC Goiás, Designer Gráfico, Programador e Apaixonado por Tecnologia!