grupos farmacológicos:
fórmula molecular:
princípio ativo:
Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Inibina (Isoxsuprina)?
- Cloridrato de isoxsuprina (genérico) Comprimidos de 10 mg (caixa com 30 comprimidos);
- Cloridrato de isoxsuprina (genérico) Solução injetável de 10 mg/2 ml (caixa com 5 ampolas);
- Inibina comprimidos de 10 mg (caixa com 30 comprimidos);
- Inibina ampola injetável de 5 mg/1 ml (caixa com 5 ampolas);
- Duvadilan comprimidos de 10 mg (caixa com 20 comprimidos);
- Duvadilan solução injetável de 10 mg/2 ml (caixa com 5 ampolas)
Qual é a Farmacocinética da Inibina (Isoxsuprina)?
A isoxsuprina é bem absorvida pelo trato gastrointestinal após a administração oral, apresentando um pico de concentração plasmática de 1 a 2 horas após a dose. A biodisponibilidade é relativamente baixa, devido à metabolização de primeiro passo hepático. A administração intravenosa resulta em concentrações plasmáticas máximas mais altas e mais rapidamente alcançadas.
A isoxsuprina é metabolizada no fígado, sendo excretada principalmente na urina na forma de metabólitos. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 2 horas, o que exige uma administração frequente para manter o efeito terapêutico.
A absorção e distribuição da isoxsuprina são influenciadas pelo fluxo sanguíneo uteroplacentário, sendo que o uso do medicamento em gestantes pode aumentar a circulação sanguínea uterina e placentária, melhorando a oxigenação fetal e reduzindo os riscos de parto prematuro.
Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Inibina (Isoxsuprina)?
A isoxsuprina é um agente tocolítico, ou seja, é utilizada para inibir as contrações uterinas em casos de ameaça de parto prematuro. O mecanismo de ação da isoxsuprina envolve a estimulação dos receptores beta-2 adrenérgicos presentes no miométrio (músculo uterino), o que leva à inibição da contratilidade uterina.
A ativação dos receptores beta-2 adrenérgicos resulta em um aumento do AMPc (adenosina monofosfato cíclico) intracelular, o que leva à diminuição da concentração de cálcio no músculo uterino e, consequentemente, à inibição da contração uterina. Além disso, a isoxsuprina pode aumentar o fluxo sanguíneo uterino, melhorando a oxigenação fetal.
Para que Inibina (Isoxsuprina) é Indicada?
As indicações da isoxsuprina estão relacionadas ao seu efeito tocolítico, ou seja, à sua capacidade de inibir as contrações uterinas, podendo ser utilizada nos seguintes casos:
- Tratamento de ameaça de parto prematuro (pré-termo) em gestantes com menos de 37 semanas de gestação;
Qual é a Posologia da Inibina (Isoxsuprina)?
A posologia da isoxsuprina / inibina pode variar de acordo com a apresentação do medicamento e a indicação específica, conforme descrito a seguir:
- Injeção intramuscular: a posologia recomendada para injeção intramuscular é de 10 a 20 mg a cada 4 horas, conforme necessário. Em casos graves, pode-se administrar até 40 mg a cada 4 horas. Essa forma de administração é mais comum em casos de ameaça de parto prematuro, em que é necessária uma ação rápida do medicamento.
- Comprimidos: a posologia recomendada para os comprimidos é de 10 a 20 mg a cada 6 horas. Em casos graves, pode-se administrar até 120 mg por dia, divididos em doses fracionadas. Essa forma de administração é mais comum em casos de manutenção da tocolise, ou seja, quando é necessário prolongar o efeito do medicamento para evitar o parto prematuro.
É importante destacar que a dosagem deve ser determinada por um especialista em obstetrícia, que irá avaliar as condições clínicas da gestação e a necessidade de se evitar efeitos adversos. A administração do medicamento deve ser realizada por um profissional de saúde capacitado.
Quais são os Efeitos Colaterais da Inibina (Isoxsuprina)?
A isoxsuprina pode apresentar alguns efeitos colaterais, que podem variar de acordo com a dose utilizada, a forma de administração e a sensibilidade individual de cada paciente. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem:
- Náusea e vômito
- Tontura
- Cefaleia
- Palpitações
- Taquicardia
- Hipotensão arterial
- Tremores
- Agitação
- Insônia
- Sudorese
Em casos raros, a isoxsuprina pode causar efeitos colaterais mais graves, como arritmias cardíacas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar e reações alérgicas.
Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Inibina (Isoxsuprina)?
- Monitorar a pressão arterial e frequência cardíaca regularmente, uma vez que a isoxsuprina pode causar hipotensão e taquicardia, e a gestante pode apresentar maior risco de complicações cardiovasculares.
- Verificar os sinais vitais da gestante e do feto, como frequência cardíaca fetal e movimentos fetais, para avaliar a resposta ao tratamento com isoxsuprina.
- Orientar a gestante a manter repouso, evitar atividades físicas e reduzir o estresse, já que esses fatores podem desencadear contrações uterinas e aumentar o risco de trabalho de parto prematuro.
- Observar o aparecimento de sintomas de hipoglicemia, como tontura, sudorese e palpitações, especialmente em gestantes diabéticas que estão usando insulina ou outros medicamentos hipoglicemiantes.
- Realizar avaliação clínica e laboratorial periódica para identificar sinais de intoxicação por isoxsuprina, como náuseas, vômitos, dor de cabeça e taquicardia.
- Monitorar a hidratação da gestante e verificar a diurese, uma vez que a isoxsuprina pode causar desidratação e distúrbios eletrolíticos.
- Verificar a ocorrência de reações alérgicas, como urticária, prurido e angioedema, durante a administração de isoxsuprina.
- Observar possíveis interações medicamentosas com outros fármacos utilizados pela gestante, como beta-bloqueadores e anti-hipertensivos, que podem potencializar os efeitos colaterais da isoxsuprina.
- Orientar a gestante a comunicar imediatamente qualquer sintoma ou alteração no estado geral, como dor abdominal, sangramento vaginal ou diminuição dos movimentos fetais, para que possam ser avaliados prontamente.
- Realizar orientações sobre os cuidados pós-administração da isoxsuprina, como a importância de retornar para o acompanhamento pré-natal e de manter o repouso prescrito.
Referências
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- AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Isoxsuprina. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=15585752016&pIdAnexo=3634581. Acesso em: 26 fev. 2023.
- BAYER. Duvadilan. Disponível em: https://www.bayer.com.br/pt/duvadilan.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). Isoxsuprina para inibição de trabalho de parto prematuro. Relatório de recomendação. Brasília, DF, 2019. Disponível em: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2019/Relatorio_Isoxsuprina_TPP.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
- MSD MANUAL. Isoxsuprina. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/edf/isoixuprina/isoixuprina. Acesso em: 26 fev. 2023.
- TEIXEIRA, J. C. C. Isoxsuprina e nifedipina na inibição do trabalho de parto prematuro. 2015. 112 f. Dissertação (Mestrado em Tocoginecologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2015. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13317. Acesso em: 26 fev. 2023.
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