grupos farmacológicos:

fórmula molecular:

Fórmula complexa e variável

princípio ativo:

Imunoglobulina Anti-Rh

Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

  • Imunoglobulina anti-Rh
  • Rhogam

Qual é a Farmacocinética da Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

A farmacocinética da imunoglobulina anti-Rh envolve a absorção, distribuição, metabolismo e excreção do medicamento no organismo. A imunoglobulina anti-Rh é uma proteína grande, com peso molecular de aproximadamente 150.000 Daltons, o que dificulta a sua absorção por via oral e faz com que o medicamento seja administrado por via intravenosa ou intramuscular.

Após a administração, a imunoglobulina anti-Rh é distribuída por todo o organismo, incluindo a placenta, onde se liga à proteína Rh(D) presente no sangue fetal e previne a sensibilização da mãe. A meia-vida da imunoglobulina anti-Rh é de cerca de 21 dias, o que significa que a sua concentração no sangue reduz-se pela metade a cada 21 dias.

A imunoglobulina anti-Rh é metabolizada principalmente pelo sistema retículo-endotelial e excretada pelos rins. Por ser uma proteína grande, a imunoglobulina anti-Rh não é facilmente filtrada pelos glomérulos renais e, por isso, é excretada principalmente por via biliar.

A farmacocinética da imunoglobulina anti-Rh é influenciada por fatores como a dose, a via de administração, a presença de outras proteínas no sangue e a função hepática e renal do paciente. É importante avaliar esses fatores antes de administrar a imunoglobulina anti-Rh, para definir a dosagem e a forma de administração mais adequadas para cada paciente.

Em resumo, a farmacocinética da imunoglobulina anti-Rh envolve a distribuição por todo o organismo, a ligação à proteína Rh(D) presente no sangue fetal, a metabolização pelo sistema retículo-endotelial e a excreção pelos rins e pela bile. Essas informações são importantes para garantir a eficácia e a segurança do tratamento e minimizar o risco de efeitos colaterais.

Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

O mecanismo de ação da imunoglobulina anti-Rh é baseado na capacidade dos anticorpos presentes no medicamento em se ligar à proteína Rh(D) presente no sangue fetal e prevenir a sensibilização da mãe Rh negativa. Quando a mãe Rh negativa é exposta ao sangue Rh positivo do feto ou do neonato, ela pode produzir anticorpos contra a proteína Rh(D), o que pode levar à isoimunização e à destruição de glóbulos vermelhos do feto ou do neonato.

A imunoglobulina anti-Rh é produzida a partir do plasma sanguíneo de doadores que possuem anticorpos contra a proteína Rh(D) e é administrada por via intramuscular ou intravenosa à gestante Rh negativo. Ao se ligar à proteína Rh(D) presente no sangue fetal, a imunoglobulina anti-Rh impede a formação de anticorpos maternos contra essa proteína, reduzindo o risco de isoimunização e protegendo o feto ou neonato de possíveis danos à sua saúde.

O mecanismo de ação da imunoglobulina anti-Rh é específico para a prevenção da isoimunização Rh(D) e não é eficaz em outras formas de isoimunização ou em outras condições clínicas. Além disso, a imunoglobulina anti-Rh não tem efeito terapêutico em gestantes que já foram sensibilizadas pela proteína Rh(D) ou que apresentam isoimunização em estágios avançados. Por isso, é importante avaliar a indicação e a forma de administração da imunoglobulina anti-Rh em cada caso, para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Para que Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia) é Indicada?

A principal indicação da imunoglobulina anti-Rh é a prevenção da isoimunização Rh(D) em gestantes Rh negativas que têm um feto ou neonato Rh positivo. A isoimunização Rh(D) ocorre quando a mãe é Rh negativa e o feto ou neonato é Rh positivo, e ocorre a sensibilização da mãe à proteína Rh presente no sangue do feto ou neonato.

A imunoglobulina anti-Rh é administrada por via intramuscular ou intravenosa à gestante Rh negativo, em situações como a seguinte:

  • Gestação de risco em que há possibilidade de hemorragia feto-materna, como em amniocentese, biópsia de vilo corial, versão cefálica externa, parto normal ou cesárea.
  • Gestação de feto Rh positivo em que a mãe é Rh negativo e já apresentou isoimunização anterior.
  • Abortamento ou gestação ectópica em que o feto é Rh positivo.

Além disso, a imunoglobulina anti-Rh também pode ser utilizada em outras situações clínicas, como em transfusões sanguíneas entre indivíduos Rh incompatíveis, ou em casos de acidente com material biológico que envolve sangue Rh positivo e indivíduos Rh negativos.

É importante ressaltar que a indicação da imunoglobulina anti-Rh deve ser avaliada individualmente em cada caso, levando em consideração o histórico médico da gestante, as condições clínicas da gestação e os possíveis riscos e benefícios do tratamento.

Qual é a Posologia da Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

A administração da imunoglobulina anti-Rh deve ser feita o mais breve possível após a exposição da gestante ao sangue fetal Rh positivo, idealmente nas primeiras 72 horas após o parto ou o procedimento obstétrico. Isso ocorre porque a imunoglobulina anti-Rh age impedindo a formação de anticorpos maternos contra o antígeno Rh(D), o que evita a ocorrência de complicações como a anemia fetal e a doença hemolítica do recém-nascido. Se a administração da imunoglobulina anti-Rh for feita após o período de 72 horas, a eficácia do tratamento pode ser reduzida.

A posologia da imunoglobulina anti-Rh pode variar de acordo com a indicação e a forma de administração do medicamento. No caso da prevenção da isoimunização Rh(D) em gestantes Rh negativas, a posologia recomendada é geralmente de 300 microgramas de imunoglobulina anti-Rh por via intramuscular ou intravenosa.

A administração da imunoglobulina anti-Rh deve ser feita em situações específicas, como após o parto de um recém-nascido Rh positivo ou após procedimentos obstétricos que possam causar hemorragia feto-materna, como amniocentese, biópsia de vilo corial, versão cefálica externa, parto normal ou cesárea.

Além disso, a posologia pode variar de acordo com a quantidade de sangue fetal Rh positivo que pode ter sido transferido para a circulação materna. Em gestações de risco em que há possibilidade de hemorragia feto-materna, recomenda-se que a dosagem da imunoglobulina anti-Rh seja baseada na quantidade de sangue fetal Rh positivo que foi transferido para a circulação materna. Isso pode ser avaliado por meio de exames laboratoriais, como o teste de Kleihauer-Betke.

É importante que a posologia da imunoglobulina anti-Rh seja definida por um profissional especialista em obstetrícia, levando em consideração as condições clínicas da gestação e as características da gestante.

Quais são os Efeitos Colaterais da Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

A imunoglobulina anti-Rh geralmente é bem tolerada, e os efeitos colaterais são raros. No entanto, alguns efeitos adversos podem ocorrer, como reações alérgicas, febre, náusea, vômito, dor de cabeça, mal-estar e dor no local da aplicação.

As reações alérgicas podem incluir urticária, prurido, rubor, dispneia e hipotensão. Em casos raros, a imunoglobulina anti-Rh pode causar anafilaxia, uma reação alérgica grave que pode levar à morte se não for tratada rapidamente.

É importante que a gestante comunique imediatamente qualquer sinal de reação alérgica ou outros efeitos colaterais após a administração da imunoglobulina anti-Rh. O profissional de saúde deve avaliar o quadro clínico da paciente e adotar as medidas necessárias para minimizar ou tratar os efeitos adversos, caso ocorram.

Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Imunoglobulina Anti-Rh (foco em obstetrícia)?

Monitorar sinais vitais e sintomas de reações alérgicas: A imunoglobulina anti-Rh pode causar reações alérgicas graves, portanto é importante monitorar os sinais vitais da paciente e estar atento a sinais de reações alérgicas.

Verificar a presença de hipertensão arterial: A imunoglobulina anti-Rh pode aumentar a pressão arterial em algumas pacientes, especialmente em pacientes que apresentam hipertensão arterial, portanto é importante verificar a pressão arterial da paciente antes e após a administração do medicamento.

Avaliar a possibilidade de interação medicamentosa: É importante avaliar se a paciente está fazendo uso de outros medicamentos que possam interagir com a imunoglobulina anti-Rh, pois isso pode afetar a eficácia do tratamento e aumentar o risco de efeitos colaterais.

Monitorar a qualidade e validade do medicamento: É importante verificar a qualidade e validade da imunoglobulina anti-Rh antes de administrá-la à paciente, para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Preparar o medicamento adequadamente: A imunoglobulina anti-Rh deve ser preparada adequadamente, seguindo as instruções da bula do medicamento, para evitar erros de dosagem e contaminação do produto.

Administrar o medicamento por via correta: A imunoglobulina anti-Rh pode ser administrada por via intramuscular ou intravenosa, portanto é importante escolher a via adequada e administrar o medicamento de forma correta, para garantir a eficácia e a segurança do tratamento.

Orientar a paciente sobre os cuidados após a administração do medicamento: É importante orientar a paciente sobre os cuidados que devem ser adotados após a administração da imunoglobulina anti-Rh, como repouso e monitoramento de sinais vitais, para evitar complicações.

Verificar a presença de contraindicações: É importante avaliar se a paciente apresenta contraindicações ao uso da imunoglobulina anti-Rh, como hipersensibilidade aos componentes do produto, para evitar a ocorrência de reações adversas.

Registrar a administração do medicamento: É importante registrar a administração da imunoglobulina anti-Rh no prontuário da paciente, incluindo a dosagem, via de administração, data e hora da administração, para garantir o acompanhamento adequado do tratamento.

Referências

  1. Bussolotti, A.S.; Schmitz, S.S.; Schmitz, T.; Alves, D. Imunoglobulina anti-D em obstetrícia: revisão de literatura. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, v. 56, n. 4, p. 338-343, dez. 2012. Disponível em: http://www.amrigs.org.br/revista/56-04/15-Imunoglobulina.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
  2. Couto, F.D.M. et al. Fatores associados à isoimunização Rh em gestantes atendidas em um hospital universitário. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Rio de Janeiro, v. 33, n. 11, p. 361-366, nov. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbgo/v33n11/a06v33n11.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
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  4. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Gestação de Alto Risco: manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco_manual_tecnico.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.
  5. Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Diretrizes para transfusão de sangue, plasma, crioprecipitado e plaquetas. Hemominas, 2014. Disponível em: http://www.hemominas.mg.gov.br/images/stories/pdf/diretrizes_transfusao_2014.pdf. Acesso em: 26 fev. 2023.

escrito por:

Gabriel Fellipe Félix Lima

Gabriel Fellipe Félix Lima

Graduando em Enfermagem pela PUC Goiás, Designer Gráfico, Programador e Apaixonado por Tecnologia!