grupos farmacológicos:
fórmula molecular:
princípio ativo:
Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Hidralazina (foco em obstetrícia)?
- Apresolina (comprimidos de 50mg e 100mg)
- Hidralazina (comprimidos de 25mg e 50mg)
Qual é a Farmacocinética da Hidralazina (foco em obstetrícia)?
A hidralazina é bem absorvida por via oral, com pico de ação entre 1 e 2 horas após a administração, e sua duração de ação é de cerca de 4 a 6 horas. É extensivamente metabolizada pelo fígado e excretada principalmente pela urina. A meia-vida de eliminação é de cerca de 2 horas em pacientes normais e de até 7 horas em pacientes com disfunção hepática.
Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Hidralazina (foco em obstetrícia)?
A hidralazina é um vasodilatador direto que age por meio do relaxamento da musculatura lisa vascular, principalmente na arteríola. Esse efeito é resultado da liberação de óxido nítrico (NO) endotelial, que atua aumentando o nível de guanosina monofosfato cíclico (GMPc) intracelular e levando à diminuição do cálcio citosólico, relaxando assim a musculatura lisa vascular. Além disso, a hidralazina também pode reduzir a resistência vascular pulmonar e melhorar o débito cardíaco por meio de um efeito reflexo da redução da resistência arterial sistêmica.
Para que Hidralazina (foco em obstetrícia) é Indicada?
A hidralazina é indicada para o tratamento da hipertensão arterial em gestantes, especialmente em pacientes com pré-eclâmpsia e eclâmpsia.
Qual é a Posologia da Hidralazina (foco em obstetrícia)?
A posologia da hidralazina pode variar de acordo com a indicação e com as necessidades individuais do paciente. Abaixo, seguem algumas posologias recomendadas:
Hipertensão arterial:
- Adultos: iniciar com 10 mg a 25 mg, por via oral, 2 a 4 vezes ao dia. A dose pode ser aumentada gradativamente até atingir o controle da pressão arterial, não excedendo 200 mg por dia.
Hipertensão arterial grave na gravidez:
- Adultos: iniciar com 5 mg por via intravenosa lenta. A dose pode ser aumentada em intervalos de 20 a 30 minutos, se necessário, até atingir o controle da pressão arterial, não excedendo 20 mg em um período de 4 horas.
Insuficiência cardíaca:
- Adultos: iniciar com 10 mg a 25 mg, por via oral, 3 a 4 vezes ao dia. A dose pode ser aumentada gradualmente até 200 mg por dia.
Quais são os Efeitos Colaterais da Hidralazina (foco em obstetrícia)?
A hidralazina pode causar os seguintes efeitos colaterais:
- Hipotensão arterial;
- Taquicardia reflexa;
- Rubor facial;
- Cefaleia;
- Náuseas e vômitos;
- Diarreia;
- Perda de apetite;
- Arritmias cardíacas;
- Síncope;
- Dor no peito;
- Retenção de líquidos;
- Edema periférico.
É importante ressaltar que a incidência de efeitos colaterais pode variar de acordo com a dose e o tempo de uso do medicamento, além de outras características individuais de cada paciente.
Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Hidralazina (foco em obstetrícia)?
- Monitorar a pressão arterial – é importante monitorar frequentemente a pressão arterial para detectar qualquer alteração que possa indicar efeitos colaterais da hidralazina, como hipotensão ou hipertensão de rebote.
- Controlar o débito urinário – a hidralazina pode causar retenção urinária, portanto é necessário controlar o débito urinário e estar atento a sinais de dificuldade para urinar.
- Monitorar a frequência cardíaca – a hidralazina pode causar taquicardia reflexa, por isso é importante monitorar a frequência cardíaca durante o uso da medicação.
- Observar sinais de edema pulmonar – a hidralazina pode causar edema pulmonar, por isso é importante observar sinais como dispneia, tosse e edema de membros inferiores.
- Verificar os níveis de potássio – a hidralazina pode causar hipocalemia, portanto é importante verificar regularmente os níveis de potássio no sangue.
- Observar sinais de toxicidade hepática – a hidralazina pode causar toxicidade hepática, portanto é importante observar sinais como icterícia, náusea e vômito.
- Evitar o uso em pacientes com insuficiência renal – a hidralazina é excretada pelos rins e pode acumular em pacientes com insuficiência renal, por isso deve ser evitada ou usada com cautela nesses pacientes.
- Orientar a paciente a não dirigir – a hidralazina pode causar sonolência e tontura, por isso é importante orientar a paciente a não dirigir ou realizar atividades que exijam atenção plena enquanto estiver em uso da medicação.
- Orientar sobre interações medicamentosas – a hidralazina pode interagir com outros medicamentos, como diuréticos e anti-hipertensivos, portanto é importante orientar a paciente a informar ao médico sobre todos os medicamentos em uso.
- Monitorar o estado emocional – a hidralazina pode causar alterações de humor, como depressão e ansiedade, portanto é importante monitorar o estado emocional da paciente durante o uso da medicação.
Referências
- Kabeer, B. S., Amin, A. I., & Nair, P. M. (2019). Hidralazina e nifedipina para tratamento da hipertensão na gravidez: revisão sistemática e meta-análise. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 41(11), 679-688. https://doi.org/10.1055/s-0039-1693638
- Maia, S. B., Andrade, L. G., Pereira, T. S., & Rezende Filho, J. (2019). Hidralazina: um agente hipotensor na gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 41(9), 559-567. https://doi.org/10.1055/s-0039-1692428
- Bertini, A. M., Silva, J. C. B., Souza, A. S. R., Almeida, C. P., Santos, R. S., & Ribeiro, V. L. (2018). Perfil clínico-epidemiológico de pacientes hipertensas durante a gestação. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 18(2), 267-274. https://doi.org/10.1590/1806-93042018000200005
- Andrade, L. G., Barbosa, L. B., & Mattar, R. (2019). Hipertensão arterial na gestação: quando e como tratar? Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 41(10), 609-617. https://doi.org/10.1055/s-0039-1692977
- Leite, A. L., Silva, M. A. C. A., & Cabral, A. C. V. (2020). Adesão ao tratamento da hipertensão arterial em gestantes: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 20(1), 111-122. https://doi.org/10.1590/1806-93042020000100010
- Moraes, L. V. S., Luz, G. M. A., Rocha, R. P., & Guimarães, J. M. (2019). Complicações maternas e perinatais em gestantes hipertensas atendidas em um hospital universitário. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 19(1), 91-99. https://doi.org/10.1590/1806-93042019000100008
- Melo, M. C. C. F., & Mattar, R. (2018). Hipertensão arterial crônica na gestação. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 40(2), 91-98. https://doi.org/10.1055/s-0038-1623517
- Corrêa RR, Santos IC, Diniz SG. O uso de drogas na gestação e seus efeitos sobre o recém-nascido. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. [Internet]. 2011 [acesso em 2022 Jan 19]; 11(1): 29-39. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v11n1/v11n1a04.pdf
- Mello MB, Araújo Júnior E, Cruz AAG, Silva FMS, Faria LPS, Jesus SS. Perfil de utilização de medicamentos em gestantes no município de Parintins, Amazonas. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. [Internet]. 2016 [acesso em 2022 Jan 19]; 16(4): 531-538. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v16n4/1519-3829-rbsmi-16-04-0531.pdf
- Lima JCB, Pereira LR, Borges NS, Ribeiro LR, Silva JBL, Pereira CRG. Perfil de uso de medicamentos por gestantes atendidas na rede básica de saúde em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [Internet]. 2019 [acesso em 2022 Jan 19]; 41(10): 631-639. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v41n10/0100-7203-rbgo-41-10-0631.pdf
escrito por:
