grupos farmacológicos:
fórmula molecular:
princípio ativo:
Quais são os Nomes Comerciais e Apresentações da Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
A cefalotina é comercializada com os seguintes nomes e apresentações:
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- Cefalotina sódica: pó para solução injetável 500mg e 1g.
- Keflin: pó para solução injetável 500mg e 1g.
Qual é a Farmacocinética da Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
A cefalotina é bem absorvida após administração intramuscular e intravenosa, apresentando uma biodisponibilidade quase completa. A meia-vida plasmática é de cerca de 1 hora, e o volume de distribuição é de aproximadamente 0,25 L/kg. A cefalotina é amplamente distribuída nos fluidos corporais, incluindo líquido sinovial, bile, líquido pleural, líquido ascítico, secreções purulentas, fluido amniótico, leite materno e líquido cefalorraquidiano. Ela atravessa a barreira placentária e é excretada no leite materno. A cefalotina é metabolizada no fígado, com cerca de 70% da dose excretada na urina na forma ativa dentro de 24 horas e cerca de 20% a 30% excretada na bile.
Qual é o Mecanismo de Ação (Farmacodinâmica) da Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
A cefalotina é um antibiótico da classe das cefalosporinas de primeira geração, que age inibindo a síntese da parede celular bacteriana, levando à lise e morte das bactérias. Esse mecanismo de ação é similar ao das penicilinas, mas as cefalosporinas possuem uma estrutura química diferente e são mais resistentes à ação de algumas enzimas bacterianas que podem inativar as penicilinas. Além disso, as cefalosporinas têm um espectro de ação mais amplo, sendo ativas contra uma variedade maior de bactérias.
Para que Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia) é Indicada?
A cefalotina é indicada na obstetrícia para tratamento de infecções bacterianas, como infecções do trato urinário, septicemia pós-parto, endometrite pós-parto e pré-parto, amnionite e pielonefrite. Também pode ser usada profilaticamente em pacientes que irão realizar cesariana.
Qual é a Posologia da Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
A cefalotina pode ser utilizada em diferentes posologias, de acordo com a indicação e o estado clínico da paciente. As posologias obstétricas mais comuns incluem:
- Profilaxia de infecção em cesariana: 1-2 g, administrados por via intravenosa, imediatamente antes da incisão cirúrgica.
- Tratamento de infecção puerperal: 1-2 g, administrados por via intravenosa, a cada 6-8 horas, por um período de 7 a 10 dias.
- Profilaxia de infecção em amniocentese: 1 g, administrado por via intravenosa, imediatamente antes do procedimento.
Quais são os Efeitos Colaterais da Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
Os efeitos colaterais da cefalotina podem incluir:
- Reações alérgicas, como urticária, prurido, erupções cutâneas, angioedema, broncoespasmo e choque anafilático;
- Distúrbios gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e colite pseudomembranosa;
- Distúrbios hematológicos, como anemia, leucopenia, trombocitopenia e neutropenia;
- Distúrbios hepáticos, como elevação das enzimas hepáticas e icterícia colestática;
- Distúrbios renais, como nefrite intersticial e aumento dos níveis de creatinina sérica.
É importante ressaltar que o uso de cefalosporinas, incluindo a cefalotina, pode estar associado ao risco aumentado de colite pseudomembranosa, uma condição inflamatória do intestino que pode ser grave. Em caso de surgimento de sintomas como diarreia grave, dor abdominal ou febre após o uso de cefalotina, é importante buscar atendimento médico imediatamente.
Além disso, a cefalotina pode causar dor, irritação ou inflamação no local da aplicação intramuscular.
Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Cefalotina / Keflin (foco em obstetrícia)?
- Monitorar sinais vitais: A cefalotina pode causar alterações na pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória. Monitorar os sinais vitais ajuda a identificar possíveis reações adversas.
- Verificar histórico de alergias: É importante verificar se a paciente tem histórico de alergia a algum antibiótico da classe das cefalosporinas, pois pode haver risco de reação alérgica.
- Administrar por via intravenosa: A cefalotina deve ser administrada por via intravenosa para garantir sua eficácia e minimizar a dor e o desconforto da paciente.
- Ajustar a dose em pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal, pode ser necessário ajustar a dose da cefalotina para evitar a toxicidade.
- Monitorar função renal: A cefalotina pode causar nefrotoxicidade, especialmente em pacientes com disfunção renal. Monitorar a função renal ajuda a prevenir possíveis danos.
- Verificar interações medicamentosas: A cefalotina pode interagir com outros medicamentos, especialmente aqueles que afetam a função renal. Verificar as interações medicamentosas ajuda a prevenir reações adversas.
- Prevenir a superinfecção: A cefalotina pode causar superinfecção por organismos resistentes. É importante implementar medidas de prevenção, como a higiene adequada das mãos e o controle do uso indiscriminado de antibióticos.
- Orientar a paciente sobre possíveis efeitos colaterais: A cefalotina pode causar diarreia, náusea, vômito e dor abdominal. Orientar a paciente sobre esses efeitos colaterais ajuda a minimizar o desconforto.
- Monitorar a resposta ao tratamento: Monitorar a resposta ao tratamento com cefalotina ajuda a avaliar a eficácia do medicamento e detectar possíveis falhas.
- Fornecer informações sobre o uso adequado do medicamento: É importante fornecer informações sobre o uso adequado da cefalotina, como a posologia e duração do tratamento, para garantir sua eficácia e minimizar possíveis reações adversas.
Referências
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