grupos farmacológicos:
fórmula molecular:
princípio ativo:
Quais são os Nomes Comerciais da Adrenalina (Epinefrina)?
Epifrin, Efrinalin, Drenalin.
Qual é o Mecanismo de Ação da Adrenalina (Epinefrina)?
Adrenalina (epinefrina) tem ação simpatomimética ou simpaticomimética, atuando diretamente em receptores α e β adrenérgicos, que por meio dos mecanismos envolvidos, promove: vasoconstrição, relaxamento da musculatura do trato gastrointestinal (TGI), secreção salivar, glicogenólise hepática, inibição da liberação de transmissores como acetilcolina e noreprinefrina (noradrenalina), agregação plaquetária, inibição da liberação de insulina, aumento da contração muscular miocárdica e da frequência cardíaca, broncodilatação, relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise hepática, tremor e lipólise.
Para que Adrenalina (Epinefrina) é Indicada?
Adrenalina (Epinefrina) é indicada para: Suporte hemodinâmico em situações de parada cardiorespiratória ou estados de choque, reação de hipersensibilidade, crise asmática grave e pouco responsiva às medidas terapêuticas habituais, controle de pequenas hemorragias cutâneas, indução e manutenção da midríase durante cirurgia intraocular. Off-label (ACLS guidelines): fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, assitolia, atividade elétrica sem pulso, hipotensão/ choque não responsivo a reposição volêmica, bradicardia sintomática e suporto inotrópico.
Qual é a Posologia da Adrenalina (Epinefrina)?
Adulto:
Assistolia, parada cardíaca sem pulso, fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso:
1mg, a cada 3-5min. Na parada cardíaca pode ser utilizada a via intracardíaca, limitada à sala cirúrgica, quando não há possibilidade de uso de outras vias.
Bradicardia:
2-10mcg/min ou 0,1-0,5mcg/kg/min, infusão EV.
Broncodilatação:
0,3-0,5mg, SC, a cada 20min por 3 doses.
Reação de hipersensibilidade:
0,2-0,5mg, IM ou SC, a cada 5-15min; 0,1mg por 5min, EV, com infusão de 1-4mcg/min. A administração SC resulta numa absorção mais lenta e menos confiável. A administração IM no anterolateral do terço médio da coxa é preferível em situações de anaflaxia.
Hipotensão/choque não responsivo a reposição volêmica (Off-label): 0,1-0,5mcg/kg/min, infusão EV.
Indução e manutenção da midríase durante cirurgia intraocular: diluir a solução de 1:1000 (1mg/ mL) para uma concentração final de 1:100.000 a 1:1.000.000 (10mcg/mL a 1mcg/mL), intraocular.
Pediatria
Assistolia, parada cardíaca sem pulso, fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso:
0,01mg/kg, EV, a cada 3-5 min. Dose máxima por dose: 1mg; 0,1-1mcg/kg/min, infusão EV.
Bradicardia:
0,01mg/kg, EV, a cada 3-5min se necessário. Dose máxima por dose: 1mg; 0,1-1mcg/kg/min, infusão EV
Broncodilatação:
0,01mg/kg, SC, a cada 20min por 3 doses
Reação de hipersensibilidade:
0,01mg/kg, IM ou SC, a cada 5-15min. A administração SC resulta numa absorção mais lenta e menos confiável. A administração IM no anterolateral do terço médio da coxa é preferível em situações de anaflaxia
Hipotensão/choque não responsivo a reposição volêmica (off-label):
0,1-01mcg/kg/min, infusão EV
Indução e manutenção da midríase durante cirurgia intraocular:
Igual a dose de adulto.
Ajuste de dose
Insuficiência renal: Não é necessário ajuste para insuficiência renal.
Hemodiálise: Não foram encontrados informações sobre ajuste de dose para pacientes em hemodiálise.
Insuficiência hepática: Não é necessário ajuste para insuficiência hepática.
Adrenalina (Epinefrina) deve ser diluída em solução fisiológica (SF) 0,9% ou solução glicosada (SG) 5%. (Exceto quando administrada através injetor lateral do equipo ou via do catéter venoso central, já irrigado com alguma das soluções citadas acima). A cada administração, deve-se seguir um Flush ou bolus de 20ml de solução fisiológica 0,9% ou água destilada.
Ao administrar, elevar o membro por 20 segundos para favorecer o retorno venoso.
As vias de administração de Adrenalina (Epinefrina) são: EV, IM, SC, INAL, intraocular e intracardíaca.
Quais são os Efeitos Colaterais da Adrenalina (Epinefrina)?
Adrenalina (Epinefrina) pode causar: Angina, arritmias cardíacas, precordialgia, flush, hipertensão, aumento do consumo de oxigênio miocárdico, palidez, palpitações, morte súbita, taquicardia, vasoconstrição, ectopias ventriculares. Ansiedade, tontura, cefaleia, insônia, vertigem. Xerostomia, náusea, vômito. Retenção urinária aguda em pacientes com obstrução do fluxo vesical. Tremores, astenia. Dor ocular, irritação ocular, precipitação ou exacerbação de glaucoma de ângulo fechado. Fluxo sanguíneo renal e esplâncnico reduzido. Dispneia, sibilos. Diaforese.
Quais são os Cuidados de Enfermagem para Pacientes sob uso de Adrenalina (Epinefrina)?
• Administrar adrenalina (epinefrina) essencialmente via catéter venoso central (CVC), pois por ser uma substância vesicante, aumenta os riscos de ulceração e necrose.
• Atentar-se para pacientes que fazem o uso de inibidores da recaptação de serotonina (IMAO), antidepressivos tricíclicos e antiácidos pois podem potencializar o efeito da adrenalina.
• Atentar-se para pacientes que fazem o uso de Espironolactona, pois tal associação pode reduzir a concentração plasmática de adrenalina, levando a terapia a um limiar abaixo do necessário para se tornar eficaz.
• Proteger o fármaco da luz durante o preparo e administração, pois a adrenalina se trata de um medicamento fotossensível, sendo degradado diante da exposição à luz.
• Monitorar constantemente frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pulso, Saturação de Oxigênio (SatO2), glicemia e pressão arterial (PA), visando avaliar as respostas do paciente à terapia e evitar agravos no estado, sendo útil para uma rápida tomada de decisões.
• Orientar o paciente acerca dos possíveis efeitos colaterais advindos da terapia com Adrenalina (Epinefrina). Vide a sessão de “Efeitos Colaterais” acima.
• Ao administrar Adrenalina (Epinefrina) EV, realizar um Flush ou Bolus de 20ml de solução fisiológica 0,9% ou água destilada.
• Para administração EV, elevar o membro em que Adrenalina (Epinefrina) foi administrada por 20 segundos favorece o retorno venoso e acelera as respostas ao fármaco.
• Em uma PCR, Adrenalina (Epinefrina) deve ser administrada em intervalos de 3 a 5 minutos caso não haja resposta, portanto atente-se ao prazo e informe o médico sobre a necessidade de uma nova administração. *Qualquer medicamento só deve ser administrado com prescrição médica, exceto em programas de saúde pública ou em rotinas aprovadas pela instituição de saúde!
• Não administrar adrenalina (epinefrina) em gestantes ou crianças menores de 2 anos.
• Em caso de terapia inalatória como broncodilatador, avaliar e anotar saturação de oxigênio (SatO2), frequência respiratória (FR) e pulso, bem como a presença de secreções e sua cor e aspecto.
• É de grande importância que um paciente sob o uso de adrenalina (epinefrina) esteja monitorado frequentemente através do eletrocardiograma (ECG), pois favorece uma melhor análise das ondas e complexos, bem como os ritmos em tempo real.
Referências
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BARROS, Elvino. Medicamentos de A a Z: 2016-2018. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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BLAU, Farmacêutica. EFRINALIN: hemitartarato de epinefrina. São Paulo-SP, 2015. Disponível em: https://www.blau.com.br/storage/app/media/bulas/novas/Bula_Efrinalin.pdf. Acesso em: 05 ago. 2022.
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