A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional grave que afeta cerca de 5% das gestações, caracterizada por hipertensão arterial e disfunção endotelial que pode levar a danos em órgãos maternos, além de comprometer o crescimento fetal. A doença pode se manifestar após a 20ª semana de gestação e é mais comum em mulheres primigestas, ou seja, que estão grávidas pela primeira vez, e em gestações múltiplas. A pré-eclâmpsia é uma condição que requer atenção e cuidado médico imediatos, pois pode levar a complicações graves para a mãe e o feto, como o parto prematuro, a restrição de crescimento fetal, o sofrimento fetal e até mesmo o óbito fetal. Além disso, a pré-eclâmpsia também pode causar complicações graves para a mãe, como insuficiência renal, distúrbios hematológicos, edema agudo do pulmão e convulsões, caracterizando a eclâmpsia.
A pré-eclâmpsia é uma doença antiga que tem sido descrita há séculos. Na literatura médica, existem registros que datam da Grécia Antiga e Roma, onde a doença foi descrita como “tumulto de sangue” ou “epilepsia da gravidez”. Ao longo da história, a pré-eclâmpsia foi uma das principais causas de mortalidade materna e fetal em todo o mundo. No entanto, somente no final do século XIX, o médico austríaco Von Rokitansky, descreveu a síndrome da pré-eclâmpsia como conhecemos hoje, com base em suas observações clínicas e patológicas.
A compreensão da fisiopatologia da pré-eclâmpsia tem evoluído ao longo do tempo. No início do século XX, o médico inglês Sir William Smellie observou que a eclâmpsia era uma doença do endotélio vascular. Em meados do século, a pesquisa em animais e em humanos começou a desvendar os mecanismos subjacentes à doença, como a disfunção endotelial, a inflamação e a resposta imunológica anormal. Atualmente, sabe-se que a pré-eclâmpsia é uma complicação multifatorial que envolve fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
Apesar de todos os avanços, a pré-eclâmpsia ainda é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e fetal em todo o mundo. Os esforços continuam para melhorar a compreensão da fisiopatologia da doença, desenvolver medidas de prevenção e tratamento mais eficazes e melhorar a qualidade do cuidado às mulheres afetadas pela pré-eclâmpsia.
A pré-eclâmpsia é uma complicação gestacional que envolve uma série de alterações fisiopatológicas que ainda não são totalmente compreendidas. Acredita-se que a doença resulte de uma interação complexa entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais.
As principais causas da pré-eclâmpsia incluem:
Disfunção endotelial: A disfunção endotelial é uma das características marcantes da pré-eclâmpsia. Ela envolve uma resposta inflamatória e uma diminuição da produção de óxido nítrico, o que leva a uma vasoconstrição e à formação de coágulos.
Angiogênese anormal: A angiogênese é o processo de formação de novos vasos sanguíneos. Na pré-eclâmpsia, há uma angiogênese anormal, com diminuição da produção de fatores angiogênicos e aumento da produção de fatores antiangiogênicos.
Fatores genéticos: Acredita-se que a pré-eclâmpsia tenha uma base genética. Vários genes foram associados à doença, incluindo os genes envolvidos na regulação da pressão arterial, do sistema imunológico e do metabolismo lipídico.
Imunológicos: A resposta imunológica da mãe à presença do feto pode desencadear uma série de alterações que contribuem para a pré-eclâmpsia.
Fatores ambientais: Alguns fatores ambientais, como a obesidade, a desnutrição, a exposição a poluentes ambientais e o tabagismo, têm sido associados ao aumento do risco de pré-eclâmpsia.
Em resumo, a pré-eclâmpsia é uma complicação multifatorial que envolve a disfunção endotelial, a angiogênese anormal, os fatores genéticos e imunológicos e os fatores ambientais. A compreensão das causas da doença é fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
A pré-eclâmpsia é uma doença multifatorial que envolve alterações fisiopatológicas complexas no sistema circulatório materno-fetal. Acredita-se que a patogênese da pré-eclâmpsia comece com uma inadequada invasão e remodelação dos vasos sanguíneos uteroplacentários, resultando em insuficiência placentária e hipóxia fetal.
A hipóxia fetal leva a uma resposta inflamatória sistêmica, incluindo a liberação de citocinas inflamatórias e outros mediadores inflamatórios, o que pode levar à ativação do sistema imunológico materno e à formação de lesões endoteliais. Essas lesões, por sua vez, podem causar disfunção endotelial, que é caracterizada por aumento da permeabilidade vascular, vasoespasmo e agregação plaquetária.
A disfunção endotelial pode resultar em danos aos órgãos, como o fígado, rins e cérebro, e contribuir para as características clínicas da pré-eclâmpsia, como hipertensão arterial, proteinúria, edema e distúrbios hematológicos. Acredita-se que o aumento da pressão arterial na pré-eclâmpsia seja devido à vasoconstrição, hipervolemia e aumento da resistência vascular periférica.
Além disso, a pré-eclâmpsia está associada a uma disfunção do sistema renina-angiotensina-aldosterona, que pode contribuir para a retenção de sódio e água, aumentando ainda mais a hipertensão. Também foi proposto que a disfunção da via do óxido nítrico e do sistema nervoso autônomo pode estar envolvida na patogênese da pré-eclâmpsia.
Em resumo, a fisiopatologia da pré-eclâmpsia é complexa e envolve múltiplos mecanismos que afetam o sistema circulatório materno-fetal. O entendimento desses mecanismos é essencial para o diagnóstico, tratamento e prevenção da pré-eclâmpsia.
O diagnóstico da pré-eclâmpsia é realizado por meio da avaliação clínica da gestante e do feto, e envolve a identificação de sinais e sintomas da doença, aferição da pressão arterial, exame de urina e exames laboratoriais. Os parâmetros clínicos e laboratoriais a serem avaliados incluem:
Pressão arterial: A pressão arterial deve ser medida em todas as consultas pré-natais e em todas as internações hospitalares. O diagnóstico de pré-eclâmpsia é sugerido quando a pressão arterial sistólica é ≥ 140 mmHg e/ou a pressão arterial diastólica é ≥ 90 mmHg, obtida em pelo menos duas ocasiões, com intervalo de 4 horas.
Proteinúria: A proteinúria é um dos principais critérios diagnósticos da pré-eclâmpsia. A excreção de proteína na urina deve ser avaliada em todas as consultas pré-natais e, se houver suspeita de pré-eclâmpsia, deve ser avaliada diariamente. O diagnóstico de proteinúria é feito quando a excreção de proteína na urina é ≥ 300 mg/24 horas ou pelo menos +1 na fita reagente.
Outros sintomas: A presença de outros sintomas, como edema, ganho de peso repentino, dor de cabeça, distúrbios visuais e dor abdominal, pode sugerir o diagnóstico de pré-eclâmpsia.
Exames laboratoriais: Os exames laboratoriais devem incluir hemograma completo, dosagem de enzimas hepáticas, dosagem de creatinina e uréia, exame de coagulação e avaliação da função hepática. A dosagem de ácido úrico no sangue também é recomendada, pois níveis elevados podem indicar o início da pré-eclâmpsia. Além disso, outros exames laboratoriais, como dosagem de plaquetas e avaliação da função renal, podem ser necessários para avaliar a gravidade da doença e a presença de complicações.
Exames de imagem: A ultrassonografia obstétrica é indicada para avaliar a vitalidade fetal, a idade gestacional, o peso fetal e a presença de restrição de crescimento fetal. A dopplervelocimetria das artérias uterinas pode ser utilizada para avaliar o risco de pré-eclâmpsia em gestantes de alto risco.
Vale ressaltar que o diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia é fundamental para garantir um tratamento adequado e minimizar as complicações maternas e fetais. O acompanhamento pré-natal regular e a identificação precoce dos fatores de risco são importantes para a detecção precoce da pré-eclâmpsia. Os protocolos de diagnóstico da pré-eclâmpsia podem variar de acordo com a instituição e a região, e é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados em relação às diretrizes mais recentes.
O tratamento da pré-eclâmpsia depende da idade gestacional, da gravidade da doença e das condições maternas e fetais. O tratamento tem como objetivo reduzir a pressão arterial, prevenir as complicações e o parto prematuro, e garantir a saúde materna e fetal. Os principais componentes do tratamento da pré-eclâmpsia incluem o controle da pressão arterial, o manejo da proteinúria, o manejo dos sintomas e a avaliação da vitalidade fetal.
Controle da pressão arterial: O controle da pressão arterial é fundamental para prevenir as complicações maternas e fetais. A meta do tratamento é manter a pressão arterial abaixo de 140/90 mmHg. Os anti-hipertensivos mais utilizados na pré-eclâmpsia incluem o sulfato de magnésio, o labetalol, o nifedipino, a hidralazina e o metildopa. A escolha do anti-hipertensivo depende da gravidade da doença, da idade gestacional e das condições maternas e fetais.
Manejo da proteinúria: A proteinúria é um dos principais critérios diagnósticos da pré-eclâmpsia. O manejo da proteinúria envolve a restrição de sódio, a ingestão adequada de líquidos e o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e dos antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA II). Essas drogas não devem ser utilizadas na gravidez, exceto em casos de nefropatia prévia.
Manejo dos sintomas: O manejo dos sintomas inclui o alívio da dor, a prevenção da eclâmpsia e o manejo da restrição de crescimento fetal. A analgesia é importante para o alívio da dor de cabeça e da dor abdominal. A profilaxia da eclâmpsia é feita com o sulfato de magnésio, que também pode reduzir o risco de parto prematuro. O manejo da restrição de crescimento fetal depende da idade gestacional e pode envolver o controle da pressão arterial, a restrição de atividade física e o parto.
Avaliação da vitalidade fetal: A avaliação da vitalidade fetal é fundamental na pré-eclâmpsia. A avaliação deve ser realizada por meio de ultrassonografia, cardiotocografia e/ou perfil biofísico fetal, dependendo da idade gestacional e das condições maternas e fetais. O parto é indicado em caso de sofrimento fetal, descolamento prematuro da placenta, insuficiência placentária, oligoâmnio e outras complicações.
Vale ressaltar que o tratamento da pré-eclâmpsia deve ser individualizado, levando em consideração a gravidade da doença, a idade gestacional, as condições maternas e fetais e as preferências da gestante. Os protocolos de tratamento da pré-eclâmpsia podem variar de acordo com a instituição e a região, e é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados em relação às diretrizes mais recentes. A conduta terapêutica deve ser discutida com a gestante e, quando possível, com a participação da equipe multidisciplinar, incluindo obstetras, cardiologistas, nefrologistas, anestesiologistas e neonatologistas. O tratamento da pré-eclâmpsia pode ser desafiador, e a prevenção é a melhor abordagem. O acompanhamento pré-natal regular, a identificação precoce dos fatores de risco e a educação da gestante são fundamentais para prevenir a pré-eclâmpsia e suas complicações.
A pré-eclâmpsia é uma condição que pode levar a complicações graves para a gestante e o feto. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para minimizar o risco de complicações. As principais complicações da pré-eclâmpsia incluem:
Eclâmpsia: A eclâmpsia é uma complicação grave da pré-eclâmpsia que envolve convulsões, coma e morte. A eclâmpsia pode ocorrer em até 5% das gestantes com pré-eclâmpsia e pode ser prevenida com o tratamento adequado da pré-eclâmpsia.
Síndrome HELLP: A síndrome HELLP é uma complicação da pré-eclâmpsia que envolve hemólise, elevação das enzimas hepáticas e baixa contagem de plaquetas. A síndrome HELLP pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática e descolamento prematuro da placenta.
Insuficiência renal: A pré-eclâmpsia pode levar a insuficiência renal, que é uma complicação grave da doença. A insuficiência renal pode levar a complicações maternas, como hipertensão arterial crônica e doença renal crônica, e pode levar a complicações fetais, como restrição de crescimento fetal e morte fetal.
Restrição de crescimento fetal: A pré-eclâmpsia pode levar a restrição de crescimento fetal, que é uma complicação grave da doença. A restrição de crescimento fetal pode levar a complicações fetais, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e morte fetal.
Parto prematuro: A pré-eclâmpsia pode levar a parto prematuro, que é uma complicação grave da doença. O parto prematuro pode levar a complicações fetais, como insuficiência respiratória, hemorragia intraventricular, enterocolite necrosante e morte fetal.
Mortalidade materna e fetal: A pré-eclâmpsia pode levar a mortalidade materna e fetal, que é uma complicação grave da doença. A mortalidade materna e fetal pode ocorrer devido a complicações diretas da pré-eclâmpsia ou devido a complicações do tratamento da doença.
Em resumo, a pré-eclâmpsia é uma condição que pode levar a complicações graves para a gestante e o feto. O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para minimizar o risco de complicações. As complicações da pré-eclâmpsia incluem eclâmpsia, síndrome HELLP, insuficiência renal, restrição de crescimento fetal, parto prematuro, mortalidade materna e fetal. O acompanhamento pré-natal regular, a identificação precoce dos fatores de risco e o tratamento adequado são importantes para prevenir as complicações da pré-eclâmpsia.
A prevenção da pré-eclâmpsia é um desafio para os profissionais de saúde, uma vez que as causas da doença ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, algumas medidas podem ser adotadas para reduzir o risco de pré-eclâmpsia e suas complicações.
Acompanhamento pré-natal regular: O acompanhamento pré-natal regular é fundamental para identificar os fatores de risco para a pré-eclâmpsia e outras complicações gestacionais. As consultas pré-natais devem ser agendadas de acordo com a idade gestacional e as condições maternas e fetais.
Identificação precoce dos fatores de risco: A identificação precoce dos fatores de risco para a pré-eclâmpsia é importante para a implementação de medidas preventivas e para a identificação precoce da doença. Os principais fatores de risco incluem hipertensão arterial crônica, diabetes mellitus, obesidade, idade materna avançada, gestação gemelar, história prévia de pré-eclâmpsia e doenças autoimunes.
Educação da gestante: A educação da gestante sobre a importância do acompanhamento pré-natal regular, da alimentação saudável, da atividade física adequada, do controle do peso e da abstinência de tabaco e álcool pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia.
Uso de aspirina: O uso de aspirina na dose de 81 mg/dia pode ser recomendado para gestantes de alto risco, como aquelas com história prévia de pré-eclâmpsia ou outras complicações gestacionais. A aspirina tem efeito anti-inflamatório e antiplaquetário, e pode ajudar a prevenir a formação de coágulos sanguíneos e a disfunção endotelial.
Controle da pressão arterial: O controle adequado da pressão arterial pode ajudar a prevenir a pré-eclâmpsia e suas complicações. As gestantes com hipertensão arterial crônica devem ser tratadas antes da gestação e ter sua medicação ajustada durante a gravidez. As gestantes com risco aumentado de pré-eclâmpsia devem ser avaliadas regularmente quanto à pressão arterial.
Restrição de atividade física: A restrição de atividade física pode ser recomendada para gestantes com risco aumentado de pré-eclâmpsia, especialmente aquelas com restrição de crescimento fetal ou outras complicações. O repouso na lateral esquerda pode ajudar a reduzir a pressão arterial e melhorar a perfusão uteroplacentária.
Em resumo, a prevenção da pré-eclâmpsia é um desafio para os profissionais de saúde, e a implementação de medidas preventivas deve ser individualizada e baseada nos fatores de risco da gestante. O acompanhamento pré-natal regular, a identificação precoce dos fatores de risco, a educação da gestante e o controle adequado da pressão arterial são medidas fundamentais para prevenir a pré-eclâmpsia e suas complicações.
As pesquisas sobre pré-eclâmpsia são importantes para aprimorar o conhecimento sobre a doença, identificar novos fatores de risco e desenvolver estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes. A pesquisa na área de pré-eclâmpsia é ampla e envolve diversas áreas, como a genética, a imunologia, a epidemiologia, a fisiologia e a farmacologia.
Algumas das áreas de pesquisa mais promissoras em relação à pré-eclâmpsia incluem:
Genética: A pesquisa em genética tem como objetivo identificar os genes envolvidos na pré-eclâmpsia e compreender as vias biológicas que levam ao desenvolvimento da doença. Estudos genéticos têm identificado variantes genéticas associadas à pré-eclâmpsia, e podem ajudar a identificar gestantes com risco aumentado de desenvolver a doença.
Biomarcadores: A pesquisa em biomarcadores tem como objetivo identificar moléculas que possam ser usadas para o diagnóstico precoce e o monitoramento da pré-eclâmpsia. Biomarcadores como a proteína PAPP-A, a sFlt-1 e a angiopoietina-2 têm sido estudados como ferramentas de diagnóstico e prognóstico da pré-eclâmpsia.
Imunologia: A pesquisa em imunologia tem como objetivo compreender a relação entre o sistema imunológico e o desenvolvimento da pré-eclâmpsia. Estudos têm demonstrado que a pré-eclâmpsia está associada a um desequilíbrio na resposta imunológica materna, com aumento da atividade inflamatória e diminuição da tolerância imunológica.
Epidemiologia: A pesquisa em epidemiologia tem como objetivo identificar os fatores de risco para a pré-eclâmpsia e compreender a distribuição da doença na população. Estudos epidemiológicos têm identificado diversos fatores de risco para a pré-eclâmpsia, como idade materna avançada, gestação gemelar, obesidade e história prévia de pré-eclâmpsia.
Tratamento: A pesquisa em tratamento tem como objetivo desenvolver terapias mais eficazes e seguras para o tratamento da pré-eclâmpsia. Estudos têm avaliado o uso de medicamentos, como a aspirina, a heparina e a metildopa, para prevenir ou tratar a pré-eclâmpsia. Também tem sido estudado o uso de terapias não farmacológicas, como a terapia com antioxidantes e a terapia com exercícios.
Em resumo, as pesquisas sobre pré-eclâmpsia são importantes para aprimorar o conhecimento sobre a doença, identificar novos fatores de risco e desenvolver estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes. A pesquisa na área de pré-eclâmpsia é ampla e envolve diversas áreas, como a genética, a imunologia, a epidemiologia, a fisiologia e a farmacologia. O avanço da pesquisa pode ajudar a melhorar o diagnóstico, prevenção e tratamento da pré-eclâmpsia e reduzir sua morbidade e mortalidade materna e fetal.
A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gravidez que pode levar a complicações maternas e fetais, como eclâmpsia, síndrome HELLP, insuficiência renal, restrição de crescimento fetal, parto prematuro, mortalidade materna e fetal. A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é totalmente compreendida, mas sabe-se que a doença envolve uma disfunção endotelial e uma resposta inflamatória materna.
O diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia é fundamental para minimizar o risco de complicações. Os principais sintomas da pré-eclâmpsia incluem hipertensão arterial e proteinúria, mas a doença pode se manifestar de forma assintomática em alguns casos. O diagnóstico é baseado na avaliação clínica, no exame físico e em exames laboratoriais.
O tratamento adequado da pré-eclâmpsia envolve o controle da pressão arterial, a prevenção das complicações e o manejo do parto. A avaliação regular da vitalidade fetal é importante para detectar sinais de sofrimento fetal e permitir a intervenção precoce.
A prevenção da pré-eclâmpsia envolve o acompanhamento pré-natal regular, a identificação precoce dos fatores de risco, a educação da gestante, o uso de aspirina em gestantes de alto risco, o controle adequado da pressão arterial e a restrição de atividade física em casos selecionados.
A pesquisa na área de pré-eclâmpsia é importante para aprimorar o conhecimento sobre a doença, identificar novos fatores de risco e desenvolver estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes. O avanço da pesquisa pode ajudar a melhorar o diagnóstico, prevenção e tratamento da pré-eclâmpsia e reduzir sua morbidade e mortalidade materna e fetal.
Em resumo, a pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gravidez que exige diagnóstico e tratamento precoces. O acompanhamento pré-natal regular, a identificação precoce dos fatores de risco, o tratamento adequado e a pesquisa são fundamentais para minimizar o risco de complicações e melhorar o prognóstico materno e fetal.
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