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A Escala de Coma de Glasgow é uma das ferramentas mais utilizadas pelos profissionais de saúde para avaliar o estado neurológico de pacientes em estado grave. Sua pontuação varia de 3 a 15, sendo que quanto maior a pontuação, maior a consciência do paciente. Além disso, a escala permite que o profissional avalie a evolução do paciente ao longo do tempo e monitore a resposta a intervenções médicas.

A escala é composta originalmente por três componentes, porém em atualização de 2018 foi considerada a reatividade pupilar, tornando então 4 itens: resposta ocular, resposta verbal, resposta motora e reatividade pupilar. Cada componente é pontuado de 1 a 6, sendo que 6 é a pontuação mais alta possível. A pontuação total da escala varia de 3 a 15. Ao final, a pontuação da reatividade pupilar deve ser subtraída ao total da pontuação.

A pontuação da resposta ocular é baseada na capacidade do paciente de abrir os olhos, sendo pontuada de 1 a 4. Uma pontuação de 4 significa que o paciente abre os olhos espontaneamente, uma pontuação de 3 significa que o paciente abre os olhos em resposta a um estímulo sonoro ou tátil, uma pontuação de 2 significa que o paciente abre os olhos em resposta a uma dor e uma pontuação de 1 significa que o paciente não abre os olhos.

A pontuação da resposta verbal é baseada na capacidade do paciente de falar, sendo pontuada de 1 a 5. Uma pontuação de 5 significa que o paciente é capaz de falar de forma orientada, uma pontuação de 4 significa que o paciente é capaz de falar, mas suas palavras são confusas, uma pontuação de 3 significa que o paciente é capaz de dizer palavras inapropriadas, uma pontuação de 2 significa que o paciente é capaz de produzir sons, mas não palavras compreensíveis, e uma pontuação de 1 significa que o paciente não é capaz de falar.

A pontuação da resposta motora é baseada na capacidade do paciente de responder a um estímulo físico, sendo pontuada de 1 a 6. Uma pontuação de 6 significa que o paciente é capaz de seguir comandos, uma pontuação de 5 significa que o paciente é capaz de localizar a dor, uma pontuação de 4 significa que o paciente é capaz de realizar movimentos de retirada, uma pontuação de 3 significa que o paciente é capaz de realizar uma flexão normal, uma pontuação de 2 significa que o paciente é capaz de realizar uma extensão anormal e uma pontuação de 1 significa que o paciente não responde.

Uma atualização de 2018 sugere que a reatividade pupilar também seja avaliada e a pontuação seja subtraída da pontuação total da escala, resultando em uma pontuação final mais precisa. A nova recomendação é que, após avaliar a resposta ocular, verbal e motora, o profissional de saúde deve verificar a reatividade pupilar e atribuir uma pontuação de 4 (ambas as pupilas reagem prontamente à luz) a 1 (nenhuma das pupilas reage à luz). A pontuação da reatividade pupilar deve ser subtraída da pontuação total da escala.

A Escala de Coma de Glasgow foi criada em 1974 pelos neurocirurgiões britânicos Graham Teasdale e Bryan Jennett, ambos da Universidade de Glasgow, na Escócia. Eles criaram a escala como uma ferramenta objetiva para avaliar o nível de consciência de pacientes com traumatismo cranioencefálico e outras lesões cerebrais.

Teasdale e Jennett desenvolveram a escala após identificar a necessidade de uma avaliação padronizada e objetiva do nível de consciência dos pacientes com lesões cerebrais. A escala foi baseada em estudos prévios sobre o nível de consciência e suas alterações em pacientes com traumatismo cranioencefálico.

Inicialmente, a escala de Glasgow avaliava apenas três componentes: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora, e tinha uma pontuação máxima de 14 pontos. Posteriormente, foi adicionado um quarto componente – a resposta pupilar – e a pontuação máxima aumentou para 15 pontos.

Desde sua criação, a Escala de Coma de Glasgow tornou-se uma das ferramentas mais utilizadas em todo o mundo para avaliar o estado neurológico de pacientes com lesões cerebrais agudas. Sua utilização é fundamental para garantir uma avaliação objetiva e precisa do paciente, além de contribuir para o diagnóstico e tratamento adequados. A escala é amplamente utilizada em hospitais, unidades de emergência e ambulâncias em todo o mundo.

Para aplicar a Escala de Coma de Glasgow, o profissional deve seguir os seguintes passos:

  1. Verificar fatores que podem interferir na capacidade de resposta do paciente, como sedação, paralisia ou intoxicação.

  2. Observar o paciente e ficar atento a qualquer comportamento espontâneo dentro dos três componentes da escala.

  1. Estimular o paciente caso ele não responda espontaneamente aos estímulos da escala. O profissional deve abordar o paciente na seguinte ordem:
  • Estímulo sonoro: O profissional deve falar com o paciente em um tom de voz normal ou em voz alta, pedindo para que ele realize a ação desejada.

  • Estímulo tátil: O profissional deve aplicar pressão na extremidade dos dedos, trapézio ou incisura supraorbitária, verificando a resposta do paciente.

  1. Pontuar e somar: O profissional deve marcar os estímulos que obtiveram a melhor resposta do paciente em cada um dos três componentes da escala. Se algum fator impede o paciente de realizar a tarefa, deve ser marcado como “NT” (não testável). As respostas correspondem a uma pontuação que irá indicar, de forma simples e prática, a situação do paciente. Por exemplo: uma pontuação de O4, V3, M6 significa que o paciente abre os olhos em resposta a uma dor, produz palavras inapropriadas e é capaz de seguir comandos. A pontuação total da escala é obtida somando-se as pontuações de cada um dos três componentes.

  2. Analisar a reatividade pupilar: O profissional deve suspender cuidadosamente as pálpebras do paciente e direcionar um foco de luz para os seus olhos. Em seguida, deve verificar a reação do paciente e atribuir uma pontuação de 4 (ambas as pupilas reagem prontamente à luz), 3 (apenas uma das pupilas reage à luz), 2 (nenhuma das pupilas reage prontamente à luz, mas ambas reagem à luz intensa) ou 1 (nenhuma das pupilas reage à luz). A pontuação da reatividade pupilar deve ser subtraída da pontuação total da escala, resultando em uma pontuação final mais precisa.

A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta simples e eficaz para avaliar o nível de consciência do paciente e é amplamente utilizada em hospitais, unidades de emergência e ambulâncias em todo o mundo. É importante que os profissionais de saúde estejam familiarizados com a escala e saibam como aplicá-la corretamente para obter uma avaliação precisa e eficaz do estado neurológico do paciente.

A Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta fundamental para avaliar o nível de consciência de pacientes com lesões cerebrais agudas. Criada em 1974, ela tem sido amplamente utilizada em todo o mundo como uma forma objetiva e precisa de avaliar o estado neurológico de pacientes em estado grave. A escala permite que o profissional avalie a evolução do paciente ao longo do tempo e monitore a resposta a intervenções médicas.

É importante destacar que a Escala de Coma de Glasgow deve ser utilizada em conjunto com outras avaliações clínicas para uma avaliação completa e precisa do paciente. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam familiarizados com a escala e com sua aplicação para garantir uma avaliação correta e segura do paciente.

Por fim, a Escala de Coma de Glasgow é uma ferramenta simples e de fácil aplicação que permite uma avaliação rápida e objetiva do estado neurológico de pacientes com lesões cerebrais agudas. Sua utilização pode contribuir para um diagnóstico mais preciso, além de auxiliar no tratamento adequado do paciente.

Referências:

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